Quero apresentar à todos minha nova paixão: o meu jardim.
Existe uma facilidade para todas as mulheres da minha família em administrar e cultivar a terra e as plantas. Minha avó materna tem um jardim enorme, minha mãe é colecionadora de orquídeas e rosas, tem tia que vende flores e plantas, e tem tia que mora num sítio e vive do jardim. E fiquei pensando: por que eu não? E aí o trecho me deu mais uma lição...
Aqui em Mucuri eu entendi porque todos as minhas plantas morriam até então. Ter um jardim é ter uma profissão, vc precisa limpá-lo, regá-lo, tratá-lo com amor. Além de água, as plantas precisam de vitamina, de sol, de terra boa - e aos poucos vc vai entendendo o que cada uma quer: mais ou menos sol, mais ou menos água, mais ou menos areia. Só uma coisa que todas realmente necessitam: atenção. O meu tempo é a coisa mais preciosa para as plantas. Ter um jardim te garante prazer e trabalho, como tudo no mundo deveria ser. E não tem nada mais prazeroso do que beber a água de coco do quintal, dividir as goiabas do pé com os pássaros, ver os tomates amadurecerem, as flores abrirem e as sementes germinarem.
Quando cheguei aqui em casa a grama estava seca e cheia de mato, o coco estava velho e sem água, o pé de goiaba cheio de bicho, a mangueira estava sem folhas e toda comida pelas formigas e a maioria das plantas com pulgão (para quem não sabe é uma praga que destrói a planta e se alastra com o vento). Bem, eu tinha duas opções: chamar um jardineiro e mandar cortar tudo ou aprender sobre o assunto e salvar cada plantinha. Acho que dá pra sacar a minha escolha! E lá fui eu comprar veneno, adubo, mangueira, pazinhas, sementes, etc. Ainda nem tinha mudado para cá e meu marido me deu um aspersor de presente (aspersor é aquele chuveirinho de jardim que espalha água para todos os lados). Eu tinha tanta pena da grama seca que eu só falava dela e acho que ele se sensibilizou sobre o assunto e me deixou mais feliz.
Aí juntei os ensinamentos da internet, do saco de adubo, do pacote de sementes e dos anos de convivência com a minha mãe. Espalhei aspersores em todos os cantos da grama, nos pés de fruta, nas plantas novas. Salvei os pés que estavam com muito sol ou vento, doentes e infelizes. Replantei, podei, adubei e acrescentei. Limpei as folhas. Tive que acabar com a formigas, elas são uma praga, terríveis, acabam com tudo!! No começo nem tudo deu certo: muitas sementes não brotaram, muitas plantas não resistiram. Eu ainda acreditava que não tinha mão boa pra isso. Mas o jardim me ensinou a ter persistência e a dar um tempo. E aos poucos o coco voltou a ter cachos com água deliciosa, os bichos das goiabas se foram, as folhas da mangueira cresceram, as flores apareceram e a grama firmou. Ainda tem muito para melhorar, mas aos poucos tudo vai acontecendo.
O mais legal é a horta que criei (eu, eu mesma e sozinha!): tomate, vários tipos de abóbora, maracujá, cebolinha, espinafre, majericão, boldo de folha grande e de folha pequena, hortelã-pimenta, melissa, babosa, bálsamo. Tem também as novas frutas: abacaxi, mamão, abacate. As novas flores: girassol, maria sem vergonha, primavera, hibisco, onze horas, mini ixora, lírio, etc. E outras plantas: tinhorão, espada de são jorge, mirra, samambaia, espirradeira, comigo ninguém pode, e não sei mais quantas e que não sei o nome. Passo pelos lugares e pego as mudas, ganhei algumas da minha tia, outras da minha mãe, outras das vizinhas. Dizem por ai que as roubadas florescem e as compradas e ganhadas não pegam. Mentira, com dedicação e água na medida certa todas dão certo!
Minha maior fã é Maria, claro, que curte a grama e cheira cada nova flor. E mais uma vez eu provei com orgulho que sou filha da minha mãe, neta de minha avó e que o sangue da jardinagem corre em minhas veias. Só fico pensando no dia em que eu for embora: será que consigo colocar tudo em vasos e levar comigo?
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Maria
Maria é uma cadela de raça Shar-Pei. É tranquila, educada, leal e muito apegada à família. Dizem por aí que a raça pode ser agressiva quando está com outros cães, e é verdade - ciúme puro. Ela é territorial e muito dominante. Ela é snob, não aceita carinhos de qualquer um, principalmente na cabeça, mas quando ela se apaixona por alguém é para sempre. É de uma teimosia assustadora - só faz o que quer, quando quer e como quer, portanto não aceita ordens de toda gente. É minha melhor amiga.
Em muitos momentos do trecho foi Maria que me manteve viva. Ela meu deu colo, me deu ouvidos, me deu atividades diárias, me deu alegria, me deu desgosto e muito, muito trabalho. Como ela tem muitas dobrinhas que não podem ficar molhadas, precisa de muito sol e fica horas e horas no sol, até perde o fôlego. Ela tem todas complicações da raça: olhos que devem ser limpos todos os dias, pele problemática e cheia de alergias, unhas compridas para dar suas cavadinhas, orelhas que não se fecham e enchem de água da chuva e por ai vai. Um veterinário por perto é extremamente necessário. Ela já teve crises alérgicas preocupantes, o corpo fica todo empelotado, a boca fica enorme, os olhos se fecham e ela se coça até arrancar a pele e sangrar. Não sei como ainda não morreu disso e como todo bom cão ela come todos os bichos que se mexem, todas as migalhas de comida do chão e grama de todos os quintais e praças. E aí nem dá para saber de onde veio a alergia.
Maria já foi atropelada, já morou em hotel, já fugiu de casa, já enfrentou cavalo, já teve crise alérgica no dia do Natal, já me fez ficar acordada a noite toda, já comeu sabonete, já comeu o cabo do computador, já comeu pizza, já roubou salmão, já conheceu mais gente e mais cidades do que a maioria das pessoas. E ela é sempre lembrada por todos, os e-mails dos amigos sempre terminam " beijo pra vc e pra Maria", os colegas do meu marido perguntam na ordem "e como vai a Maria? e sua esposa?" - lembram do nome dela, mas não do meu! Acho muito engraçado, tem gente que passa em frente de casa e diz "passei pra ver a Maria" e como tem gente que faz isso!!
Ela foi essencial para a minha "nova" vida de trecho, ela que me fez sair da cama todos os dias frios e chuvosos, ela que me fez parar de beber pra poder dirigir de volta pra casa. Não posso compará-la com gente de verdade, mas Maria só falta falar. Muitas vezes fala com olhos, com as patas, com o focinho e as orelhas. Tem a cara de sono, a cara do interesse, a cara de preocupada, a cara de brincadeira e a cara de quem fez besteira.
Tem a sua árvore preferida de banheiro, tem sua cama preferida, tem seu brinquedo preferido. É rotineira, tem hora para dormir, para acordar, para comer, para ir ao banheiro - e tudo que sai da rotina ela aguenta. Aguenta horas de viagem de carro, aguenta todas as mudanças de casa, aguenta todos os amigos novos. Só não aguenta barulho de moto - é um ódio mortal. Ela late, rosna, bufa, funga. Está dormindo, mas sai da cama para brigar com o motoqueiro.
Ronca, chora para pedir as coisas, é manhosa. Super protetora, muito mais a noite, se alguém para em frente de casa o latido é grosso, alto e invocado. O café da manhã é um pedaço de queijo e uma banana. Faz qualquer coisa por um biscoito canino, senta, dá uma pata e a outra pata, deita e quando não sabe mais o que fazer faz tudo ao mesmo tempo. Faz longas caminhadas conosco, gosta dos gatos e não gosta de banho.
Hoje foi dia de vacina, vai passar o dia deitada no tapete, chatinha e irritada. No máximo vai até o portão, brigar com algum motoqueiro.
E dizem que parecem com dono. Pode ser, no fundo sou briguenta e manhosa. Só não quero a parte das ruguinhas...
Em muitos momentos do trecho foi Maria que me manteve viva. Ela meu deu colo, me deu ouvidos, me deu atividades diárias, me deu alegria, me deu desgosto e muito, muito trabalho. Como ela tem muitas dobrinhas que não podem ficar molhadas, precisa de muito sol e fica horas e horas no sol, até perde o fôlego. Ela tem todas complicações da raça: olhos que devem ser limpos todos os dias, pele problemática e cheia de alergias, unhas compridas para dar suas cavadinhas, orelhas que não se fecham e enchem de água da chuva e por ai vai. Um veterinário por perto é extremamente necessário. Ela já teve crises alérgicas preocupantes, o corpo fica todo empelotado, a boca fica enorme, os olhos se fecham e ela se coça até arrancar a pele e sangrar. Não sei como ainda não morreu disso e como todo bom cão ela come todos os bichos que se mexem, todas as migalhas de comida do chão e grama de todos os quintais e praças. E aí nem dá para saber de onde veio a alergia.
Maria já foi atropelada, já morou em hotel, já fugiu de casa, já enfrentou cavalo, já teve crise alérgica no dia do Natal, já me fez ficar acordada a noite toda, já comeu sabonete, já comeu o cabo do computador, já comeu pizza, já roubou salmão, já conheceu mais gente e mais cidades do que a maioria das pessoas. E ela é sempre lembrada por todos, os e-mails dos amigos sempre terminam " beijo pra vc e pra Maria", os colegas do meu marido perguntam na ordem "e como vai a Maria? e sua esposa?" - lembram do nome dela, mas não do meu! Acho muito engraçado, tem gente que passa em frente de casa e diz "passei pra ver a Maria" e como tem gente que faz isso!!
Ela foi essencial para a minha "nova" vida de trecho, ela que me fez sair da cama todos os dias frios e chuvosos, ela que me fez parar de beber pra poder dirigir de volta pra casa. Não posso compará-la com gente de verdade, mas Maria só falta falar. Muitas vezes fala com olhos, com as patas, com o focinho e as orelhas. Tem a cara de sono, a cara do interesse, a cara de preocupada, a cara de brincadeira e a cara de quem fez besteira.
Tem a sua árvore preferida de banheiro, tem sua cama preferida, tem seu brinquedo preferido. É rotineira, tem hora para dormir, para acordar, para comer, para ir ao banheiro - e tudo que sai da rotina ela aguenta. Aguenta horas de viagem de carro, aguenta todas as mudanças de casa, aguenta todos os amigos novos. Só não aguenta barulho de moto - é um ódio mortal. Ela late, rosna, bufa, funga. Está dormindo, mas sai da cama para brigar com o motoqueiro.
Ronca, chora para pedir as coisas, é manhosa. Super protetora, muito mais a noite, se alguém para em frente de casa o latido é grosso, alto e invocado. O café da manhã é um pedaço de queijo e uma banana. Faz qualquer coisa por um biscoito canino, senta, dá uma pata e a outra pata, deita e quando não sabe mais o que fazer faz tudo ao mesmo tempo. Faz longas caminhadas conosco, gosta dos gatos e não gosta de banho.
Hoje foi dia de vacina, vai passar o dia deitada no tapete, chatinha e irritada. No máximo vai até o portão, brigar com algum motoqueiro.
E dizem que parecem com dono. Pode ser, no fundo sou briguenta e manhosa. Só não quero a parte das ruguinhas...
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Exploradores
Definitivamente essa é a melhor parte do trecho.
Quando a gente chega numa cidade sempre quer ver tudo, conhecer cada cantinho, toda a cultura local e os hábitos da região. Só que isso é muito rápido e em poucos meses já deu para ver de tudo e ai começa a exploração da região. Depois de se acostumar com a cidade dá aquela vontade de ver o que tem a nossa volta e expandir os conhecimentos sobre o local.
No Mato Grosso do Sul fomos até o Pantanal para viver um dia de fazendeiro com cavalos, bois e jacarés, aprender sobre os índios e entender o cotidiano e a culinária do interior do Brasil. Por lá o que não é pasto com boi é plantação de soja, são quilômetros de campos vazios de gente e estradas vazias de carro. A cidade de Bonito com sua ecologia que funciona é uma das regiões mais bonitas do mundo! Por lá a preservação é tão forte que os lobos passam ao lado dos carros, os peixes nadam ao lado das pessoas e as aves não se assustam com a nossa presença. Tudo é muito organizado e lindo, lindo, lindo! O nome não poderia ser mais apropriado.
No Rio Grande do Sul fomos ver a pesca de camarão na Lagoa dos Patos - que é a maior do Brasil em extensão, a água gelada na maior praia do mundo - Praia do Cassino no Rio Grande, ver os vinhedos das maiores vinícolas do Brasil, comer a carne mais macia do mundo (sem exagero) no Uruguai - com suas cidadezinhas que parecem a Europa. Aprendemos muito sobre as histórias e guerras locais e as tradições dos pampas - seu modo de falar, o hábito do mate, as roupas necessárias para sobreviver ao frio da campanha. Ah, e comprar no Free Shop, porque ninguém é de ferro! Além de economizar dinheiro ainda era uma diversão.
Aqui na Bahia já fomos até Cumuruxatiba, nas terras do descobrimento para avistar o tal do Monte Pascal, tentamos ver as baleias - mas ainda não era época delas, vimos o mar que se estende por mais de duzentos metros com apenas uma lâmina d´água e também os índios - que não são tão diferentes daqueles do MS. Como estamos na fronteira, descemos até o Espírito Santo, vimos as dunas de Itaunas e sua cidadezinha hospitaleira, chegamos na Ilha de Guriri, para comer caranguejo, ver as tartarugas do Projeto Tamar e passamos em Linhares, na Lagoa Juparanã - que é a maior do Brasil em volume de água - com parada no quiosque Minotauro e sua vista exuberante da lagoa.
Fora todas as estradas rodas e paradas rápidas em Campo Grande/MS, Olímpia/SP, Osório/RS, Porto Alegre/S, Caxias do Sul/RS, Santa Tereza/ES, Vitória/ES, São Mateus/ES e uma infinidade de cidades que nem dá pra contar... Sou abençoada! Nunca pensei conhecer lugares tão lindos em cidades até então desconhecidas. Sem planejar conheci alguns dos pontos turísticos mais importantes do Brasil, sendo assim o que me resta é aproveitar o momento e absorver cada imagem, cada gosto e ter memória o suficiente para conseguir lembrar de tanta coisa.
E dá pra reclamar dessa vida de trecho?
Quando a gente chega numa cidade sempre quer ver tudo, conhecer cada cantinho, toda a cultura local e os hábitos da região. Só que isso é muito rápido e em poucos meses já deu para ver de tudo e ai começa a exploração da região. Depois de se acostumar com a cidade dá aquela vontade de ver o que tem a nossa volta e expandir os conhecimentos sobre o local.
No Mato Grosso do Sul fomos até o Pantanal para viver um dia de fazendeiro com cavalos, bois e jacarés, aprender sobre os índios e entender o cotidiano e a culinária do interior do Brasil. Por lá o que não é pasto com boi é plantação de soja, são quilômetros de campos vazios de gente e estradas vazias de carro. A cidade de Bonito com sua ecologia que funciona é uma das regiões mais bonitas do mundo! Por lá a preservação é tão forte que os lobos passam ao lado dos carros, os peixes nadam ao lado das pessoas e as aves não se assustam com a nossa presença. Tudo é muito organizado e lindo, lindo, lindo! O nome não poderia ser mais apropriado.
No Rio Grande do Sul fomos ver a pesca de camarão na Lagoa dos Patos - que é a maior do Brasil em extensão, a água gelada na maior praia do mundo - Praia do Cassino no Rio Grande, ver os vinhedos das maiores vinícolas do Brasil, comer a carne mais macia do mundo (sem exagero) no Uruguai - com suas cidadezinhas que parecem a Europa. Aprendemos muito sobre as histórias e guerras locais e as tradições dos pampas - seu modo de falar, o hábito do mate, as roupas necessárias para sobreviver ao frio da campanha. Ah, e comprar no Free Shop, porque ninguém é de ferro! Além de economizar dinheiro ainda era uma diversão.
Aqui na Bahia já fomos até Cumuruxatiba, nas terras do descobrimento para avistar o tal do Monte Pascal, tentamos ver as baleias - mas ainda não era época delas, vimos o mar que se estende por mais de duzentos metros com apenas uma lâmina d´água e também os índios - que não são tão diferentes daqueles do MS. Como estamos na fronteira, descemos até o Espírito Santo, vimos as dunas de Itaunas e sua cidadezinha hospitaleira, chegamos na Ilha de Guriri, para comer caranguejo, ver as tartarugas do Projeto Tamar e passamos em Linhares, na Lagoa Juparanã - que é a maior do Brasil em volume de água - com parada no quiosque Minotauro e sua vista exuberante da lagoa.
Fora todas as estradas rodas e paradas rápidas em Campo Grande/MS, Olímpia/SP, Osório/RS, Porto Alegre/S, Caxias do Sul/RS, Santa Tereza/ES, Vitória/ES, São Mateus/ES e uma infinidade de cidades que nem dá pra contar... Sou abençoada! Nunca pensei conhecer lugares tão lindos em cidades até então desconhecidas. Sem planejar conheci alguns dos pontos turísticos mais importantes do Brasil, sendo assim o que me resta é aproveitar o momento e absorver cada imagem, cada gosto e ter memória o suficiente para conseguir lembrar de tanta coisa.
E dá pra reclamar dessa vida de trecho?
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Mães
O plural é necessário porque não quero falar só da minha.
No trecho tem sempre uma por perto e que acaba sendo mãe de todos, cada um curte um pouco. Aqui na rua tem duas por estes dias e a gente leva pra tudo quanto é lugar. Elas aguentam o sol, a bagunça e o cansaço. Enfrentam qualquer coisa. Chegam de avião, de ônibus, de carro e do que mais for necessário e algumas tem dificuldades de andar e a idade que pode atrapalhar, mas para elas não existem barreiras.
Algumas vem para passear e outras para ajudar em momentos de necessidade, a maioria vem só pra matar a saudade. E ter uma mãe por perto é uma delícia! Quando a gente mora longe é que percebe. Logo que caí no trecho eu ligava praticamente todos os dias e para todas as dúvidas imagináveis, mas com o tempo vem o costume de ficar só. E aí é hora da visita. Receber a mãe na nossa casa é diferente de ir até a casa dela, para mim é muito mais gostoso quando ela vem. A gente fica mais agitada e elas inventam de mexer no jardim e de parar em todas as lojinhas e também dá vontade de ir à todos os lugares e mostrar "as sete maravilhas" das cidades e por aí vai. Fora a cozinha: comida de mãe é inexplicável! Tem gosto, cheiro, emoção e fortes lembranças!
E tem mãe de todo jeito: as pesadas que chegam e dominam o espaço, as quietas demais que estão aqui mas nem dá pra perceber, tem as agitadas que não conseguem parar um minuto, tem aquelas que dão um trabalhão, e outras que só reclamam do lugar e todos ou outros tipos possíveis - mãe também é gente! Mesmo aqueles que tem problema com suas mães tem saudade e elas sempre aparecem. Quando a gente mora perto parece que nem dá tanta vontade de vê-las do que quando estão longe.
Dizem por aí que o ideal é morar perto o suficiente para não chegar de chinelo e nem longe demais para vir de mala. No meu caso a mala é grande, a viagem é demorada e o tempo de permanência é longo! Não tem problema, o que me interessa é ter minha mãe por perto o máximo de tempo possível e curtir cada momento enquanto posso. Vou ver a minha em breve, mas vou até lá, ela já veio até aqui este ano - vamos dividir a quilometragem! Enquanto isso curto a mãe dos outros, suas histórias e suas receitas. Sinto falta sim e ponto final.
No trecho tem sempre uma por perto e que acaba sendo mãe de todos, cada um curte um pouco. Aqui na rua tem duas por estes dias e a gente leva pra tudo quanto é lugar. Elas aguentam o sol, a bagunça e o cansaço. Enfrentam qualquer coisa. Chegam de avião, de ônibus, de carro e do que mais for necessário e algumas tem dificuldades de andar e a idade que pode atrapalhar, mas para elas não existem barreiras.
Algumas vem para passear e outras para ajudar em momentos de necessidade, a maioria vem só pra matar a saudade. E ter uma mãe por perto é uma delícia! Quando a gente mora longe é que percebe. Logo que caí no trecho eu ligava praticamente todos os dias e para todas as dúvidas imagináveis, mas com o tempo vem o costume de ficar só. E aí é hora da visita. Receber a mãe na nossa casa é diferente de ir até a casa dela, para mim é muito mais gostoso quando ela vem. A gente fica mais agitada e elas inventam de mexer no jardim e de parar em todas as lojinhas e também dá vontade de ir à todos os lugares e mostrar "as sete maravilhas" das cidades e por aí vai. Fora a cozinha: comida de mãe é inexplicável! Tem gosto, cheiro, emoção e fortes lembranças!
E tem mãe de todo jeito: as pesadas que chegam e dominam o espaço, as quietas demais que estão aqui mas nem dá pra perceber, tem as agitadas que não conseguem parar um minuto, tem aquelas que dão um trabalhão, e outras que só reclamam do lugar e todos ou outros tipos possíveis - mãe também é gente! Mesmo aqueles que tem problema com suas mães tem saudade e elas sempre aparecem. Quando a gente mora perto parece que nem dá tanta vontade de vê-las do que quando estão longe.
Dizem por aí que o ideal é morar perto o suficiente para não chegar de chinelo e nem longe demais para vir de mala. No meu caso a mala é grande, a viagem é demorada e o tempo de permanência é longo! Não tem problema, o que me interessa é ter minha mãe por perto o máximo de tempo possível e curtir cada momento enquanto posso. Vou ver a minha em breve, mas vou até lá, ela já veio até aqui este ano - vamos dividir a quilometragem! Enquanto isso curto a mãe dos outros, suas histórias e suas receitas. Sinto falta sim e ponto final.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Aparelho
O que isso tem a ver com trecho? Nada. Mas eu preciso desabafar...
Quem já teve - ou tem - pode imaginar o que estou passando. O mais estranho é que nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo. Em todos os anos sempre tive meus dentes perfeitos, sempre fui elogiada por dentistas e aparentemente nada era grave. Acho que estou ficando velha e as coisas estão aparecendo... É o joelho que dói, é a respiração que falha, a tontura da labirintite... Aaaa!!! Depois dos 30 é que tudo começou a aparecer.
Pra mim essa coisa de aparelho nos dentes era papo de adolescente. Escapei nesta idade, mas agora meu dentes resolveram entortar porque minha mordida é de "pitbull" - só estou repetindo o que o dentista falou... Bem, não estou aqui pra contar os problemas de saúde, apenas para relatar as coisas engraçadas e interessantes que me acontecem.
Primeiro: este aparelho é nojento. Segundo: ele machuca. Terceiro: ainda tenho que pagar por isso.
No dia que coloquei foi engraçado porque não doeu e foi tudo muito rápido. A sensação era de uma batata quente na boca, a fala ficou diferente, a mordida estranha, a boca salivava demais, os lábios ressecaram, a escova de dente enroscou e não consegui deitar de lado para dormir. Pelo menos consegui comer! Porém no dia seguinte a dor era insuportável e a comida mais dura que ingeri foi um pedaço de mamão bem maduro e amassado. Alguém me disse que existe uma dieta de líquidos que faz a gente emagrecer dois quilos numa semana - ainda bem que tudo nessa vida tem seu lado bom e perder estes quilinhos acho que vai me fazer muito bem! Já indiquei meu dentista para duas conhecidas que querem emagracer.
Mas a dor... eu realmente não tenho como dar muitos detalhes sobre isso. Só posso dizer que são 72 horas contínuas de dor que se espalham pelos dentes, pela cabeça, pela nuca e chega no cérebro. Interfere até para pensar! Sou pouco tolerante para a dor, mas duvido que alguém que já passou por isso possa discordar. E sabe que andei investigando e descobri que a quantidade de pessoas que já usaram ou usam essa coisa é assustadora. E todos tem histórias bizarras sobre o assunto, é reconfortante! Humpf!
Então chega! Já reclamei o suficiente. Agora vou até a cozinha comer um pouquinho de purê de batatas, já que a fase agora é da dieta pastosa...
Quem já teve - ou tem - pode imaginar o que estou passando. O mais estranho é que nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo. Em todos os anos sempre tive meus dentes perfeitos, sempre fui elogiada por dentistas e aparentemente nada era grave. Acho que estou ficando velha e as coisas estão aparecendo... É o joelho que dói, é a respiração que falha, a tontura da labirintite... Aaaa!!! Depois dos 30 é que tudo começou a aparecer.
Pra mim essa coisa de aparelho nos dentes era papo de adolescente. Escapei nesta idade, mas agora meu dentes resolveram entortar porque minha mordida é de "pitbull" - só estou repetindo o que o dentista falou... Bem, não estou aqui pra contar os problemas de saúde, apenas para relatar as coisas engraçadas e interessantes que me acontecem.
Primeiro: este aparelho é nojento. Segundo: ele machuca. Terceiro: ainda tenho que pagar por isso.
No dia que coloquei foi engraçado porque não doeu e foi tudo muito rápido. A sensação era de uma batata quente na boca, a fala ficou diferente, a mordida estranha, a boca salivava demais, os lábios ressecaram, a escova de dente enroscou e não consegui deitar de lado para dormir. Pelo menos consegui comer! Porém no dia seguinte a dor era insuportável e a comida mais dura que ingeri foi um pedaço de mamão bem maduro e amassado. Alguém me disse que existe uma dieta de líquidos que faz a gente emagrecer dois quilos numa semana - ainda bem que tudo nessa vida tem seu lado bom e perder estes quilinhos acho que vai me fazer muito bem! Já indiquei meu dentista para duas conhecidas que querem emagracer.
Mas a dor... eu realmente não tenho como dar muitos detalhes sobre isso. Só posso dizer que são 72 horas contínuas de dor que se espalham pelos dentes, pela cabeça, pela nuca e chega no cérebro. Interfere até para pensar! Sou pouco tolerante para a dor, mas duvido que alguém que já passou por isso possa discordar. E sabe que andei investigando e descobri que a quantidade de pessoas que já usaram ou usam essa coisa é assustadora. E todos tem histórias bizarras sobre o assunto, é reconfortante! Humpf!
Então chega! Já reclamei o suficiente. Agora vou até a cozinha comer um pouquinho de purê de batatas, já que a fase agora é da dieta pastosa...
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