Ainda não descobri porque, mas não gosto muito dessa coisa de comemorar aniversário - fico sem graça, sem palavras, sem ação. Ainda hoje em dia tem essa coisa de orkut, facebook, blog, e sei lá mais o que, e dá pra resolver com um recadinho e mandar beijinhos e ótimo, mas "no meu tempo" tinha aquela coisa de falar no telefone e ir até em casa e mandar cesta de café da manhã e fazer surpresa na hora que acorda... e eu acordo de mau humor! Parece até que tudo ficava pior em vez de melhorar (rs). Lembro uma vez que os colegas de trabalho inventaram uma festa surpresa logo pela manhã e quase morrem de medo da minha reação, não sabiam se eu ia ficar feliz ou bater em todo mundo por gritar PARABÉNS no meu ouvido logo cedo. E nem é pelo mau humor da manhã, mas pela falta de jeito de aceitar estes pequenos mimos que as pessoas me oferecem.
E parece que quanto mais eu fujo das comemorações mais elas aparecem! E tem sempre alguém que me faz uma surpresa inesquecível. Acho que meu coração está ficando mole e os anos acumulados estão me ensinando a aceitar o inevitável. No meu primeiro aniversário do trecho minha mãe me mandou uma caixinha com um presente muito simples e um breve cartão - foi o suficiente para me fazer chorar por horas... Nesse final de semana eu me comprometi a fazer um bolo de sobremesa para um almoço com o pessoal aqui da rua no sábado, mas aí apareceu vela e máquina fotográfica e mais uma surpresa de aniversário.
Afinal, fazer aniversário é mais um ano que começa para fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender novas lições, conhecer outros lugares e aceitar aquilo que não posso mudar. Sorrir para novos e velhos motivos, rezar mais preces, amadurecer e olhar a vida como um presente de Deus. E ser grata.