segunda-feira, 13 de junho de 2011

Domingo

O Domingo, por fundamentação bíblica, é considerado o primeiro dia da semana. É um dia de descanso para a maioria das pessoas no mundo ocidental. Povos antigos reverenciavam seus deuses dedicando este dia ao astro Sol. Daí outras denominações para este dia, em inglês temos Sunday, e no alemão Sonntag, com o significado de "Dia do Sol". Isso me dá uma enorme desculpa para gostar tanto do domingo.



Domingo é assim um dia que eu adoro. Acho que por causa dessa tradição de almoço de domingo na casa da vovó. Desde pequena o domingo era o dia do agito. Além do descanso. O almoço nunca era em casa. E se fosse era uma festa.

O domingo até hoje é especial. Nada é comum no domingo. A gente não sabe o que fazer, nem tem hora pra acordar e nada é muito planejado. O objetivo é sair da rotina. É um dia ótimo para conhecer um lugar novo. E também para relembrar um lugar antigo. Dar uma volta num parque. Entrar num museu. Visitar um tio. Encontrar um amigo.

É um dia para esquecer o trabalho - quando a gente não tá trabalhando. Para fazer coisas gostosas, interessantes. Que nos faça lembrar que viver vai além da nossa rotina diária. Mesmo que seja um dia frio e fique o dia todo vendo filme, lendo um livro ou jogando vídeo game.

O domingo é dia preguiçoso. E curto. Mesmo quando começa cedo. Lá em Mucuri/BA a gente ia pescar às seis da manhã. Ou então tomar banho de mar. O sol era tanto logo cedo que não dava pra ficar muito na cama - o ar condicionado não dava conta do sol batendo na janela e esquentando o quarto. Em Bagé/RS a gente corria para o Uruguai - para dar tempo de almoçar lá, fazer umas comprinhas e voltar antes de escurecer e esfriar. Três Lagoas era a beira do rio. Juntava uns dois ou três - ou até uma centena, dependendo do evento - e ia todo mundo pra beira do rio. Tomar banho de água fresca, comer fruta do pé e fazer churrasco, muito churrasco.

Aqui em Curitiba é cidade grande. Com hábitos diferentes e temperatura incerta. Se o tempo for bom o ideal é dar uma caminhada num parque. Num dos inúmeros que existem. Um em cada bairro. Pequenos ou grandes. Fechados e abertos. Com ou sem lago. Com ou sem bosque. Com o sem centro cultural. O que importa é ter espaço. E de preferência o sol. Muito sol!

A hora do almoço também tem que ser diferente. Um restaurante de comida diferente, um pick nick, um churrasco no quintal. Com a família, com  os amigos. Ou só nós dois mesmo. É o dia que dá vontade de fazer a massa do macarrão - já que nada tem pressa. De tomar uma cerveja antes do almoço. De dormir depois do almoço. De tomar café da tarde numa padaria ou na casa de alguém. De comer lanche no jantar.

É o dia de esquecer o relógio. Esquecer das contas pra pagar. Esquecer dos problemas de todos os dias. E de lembrar-se da gente. De dar importância aos nossos pequenos prazeres. De estar perto de quem a gente gosta. De demonstrar cuidado e carinho.

Dia de corrida de fórmula 1, dia de jogo de futebol, de programa do Silvio Santos. Dia de ir à missa. De agradecer. De ligar pra mãe - ou pro pai. Dia de sentar na varanda e não fazer nada. Olhar com atenção para o céu. Ou simplesmente olhar para o céu. Dia de treinar a paciência no trânsito ou na fila do restaurante. No estacionamento do parque ou no caixa do mercado.

Aproveite o domingo para recarregar as energias pra semana. Descase. Divirta-se. Cuide de você. Levante da cama e do sofá com a proposta de ser feliz. E faça aquilo que te deixa feliz. Porque logo acaba. E quando acaba a gente já espera pelo próximo.

"Domingo eu quero ver o domingo passar
Domingo eu quero ver o domingo acabar
Domingo eu quero ver o domingo passar
Domingo eu quero ver o domingo acabar
Até o próximo, até o próximo, até o próximo domingo
Até o próximo, até o próximo, até o próximo domingo"*

*Titãs, música: Domingo. Composição: Toni Bellotto e Sergio Brito.

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