quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Nariz

Eu e meu nariz sempre tivemos uma vida agitada. Brigas infinitas. Noites sem dormir.

Tem uma música da Xuxa (af!) que diz assim: "Quem toma conta/E manda em mim/É o meu nariz".
Por causa dele tenho náusea, dor de cabeça, coceira, espirros, espasmos, olhos lacrimejantes e outras coisas mais. Socorro!

Não consigo me lembrar de quando começou, acho que desde sempre... Cheiros, odores, fragrâncias, perfumes, aromas - um mais irritante que o outro. Sensibilidade exagerada.

Os cheiros me trazem lembranças, me fazem odiar alguma coisa ou amar alguém. Os aromas de comida da casa de minha avó. Os perfumes dos namorados. As fragrâncias das flores no sítio. A brisa que vem do mar. Os odores desprezíveis de São Paulo.

Definitivamente o olfato é o meu sentido mais desenvolvido! Irritante. E meu nariz é o culpado.

Quantas horas em médicos e terapias de todas as categorias: homeopatia, alopatia, acupuntura, cromoterapia, reiki, xamãs, benzedeiras... Chás, poções mágicas, bolinhas de açúcar, antibióticos, antialérgicos, sprays de todos os sabores e cores.

E mais uma infinidade de coisas. Incontáveis. Fora o número exorbitante de pacotes de lenços de papel.

Uns dizem que são crises da alma, outros dizem que é genético. E mais uns que dizem que sou eu a culpada de tudo! Eu? Juro que não fiz nada para merecer!

A nova agora é a cirurgia. Enfim resolvi apelar. Fiz. Não sei ainda se bem ou mal. Foi tranquila. Na verdade eu estava morrendo de medo, afinal nunca passei por nada parecido. Só sei que foi rápido e indolor. Recuperação acelerada e perfeita

Agora parece que tenho um buraco no nariz! E não faça um trocadilho malvado.

Ouvi dizer que tudo vai melhorar e que a minha eterna encrenca com o meu nariz vai diminuir. Pensamento positivo: vai dar certo!

Sei lá. O que sei é que mais uma aventura foi pra lista - aquela de coisas que a gente não pode deixar de fazer antes de morrer. 

Experiências deste mundo e desta vida. E que venha a próxima.