Nessa vida de trecho a coisa acontece bem assim também. E ai a gente acaba vivendo num mundinho fechado. Quando conhece alguém novo é como se já fosse um conhecido antigo. Até porque este novo conhece aquele lá do primeiro trecho, é primo daquele do segundo trecho e já foi casado com aquela do terceiro trecho. São encontros, reencontros e desencontros diários de gente que não se conhece (ou melhor, que nunca se encontrou), mas se conhece bem.

Cada cidade que a gente chega tem sempre um ou dois novos casais que de cara já convidam a gente pra jantar ou almoçar ou um churrasco de qualquer hora. As primeiras duas horas são de reconhecimento do terreno, e ai dá pra notar que são pessoas que tem suas vidas tão similares as nossas que logo viram amigos de infância. Fora essa coisa de que um que conhece o outro que conhece o outro e de repente a gente já tá falando mal desse e daquele. Coisas da vida. Às vezes não dá liga – é difícil, porém pode acontecer. E ai acontece um desencontro. A exceção da regra.
Encontros e desencontros. E tem também os reencontros. De gente que fica muito tempo afastado por causa de outros trechos e ai os trechos se encontram. Em outra cidade, por outra empresa, com outro chefe. E que delícia! Um encontro que é um reencontro – ou vice e versa.

Os encontros é que me interessam. E um reencontro não deixa de ser um encontro. Encontro de vidas. De almas e de corpos. Que se encontram para dar risada. Para esquecer os dias pesados do trabalho e da saudade. Que se encontram para ser feliz. E viver em harmonia.
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