quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mães

O plural é necessário porque não quero falar só da minha.

No trecho tem sempre uma por perto e que acaba sendo mãe de todos, cada um curte um pouco. Aqui na rua tem duas por estes dias e a gente leva pra tudo quanto é lugar. Elas aguentam o sol, a bagunça e o cansaço. Enfrentam qualquer coisa. Chegam de avião, de ônibus, de carro e do que mais for necessário e algumas tem dificuldades de andar e a idade que pode atrapalhar, mas para elas não existem barreiras.

Algumas vem para passear e outras para ajudar em momentos de necessidade, a maioria vem só pra matar a saudade. E ter uma mãe por perto é uma delícia! Quando a gente mora longe é que percebe. Logo que caí no trecho eu ligava praticamente todos os dias e para todas as dúvidas imagináveis, mas com o tempo vem o costume de ficar só. E aí é hora da visita. Receber a mãe na nossa casa é diferente de ir até a casa dela, para mim é muito mais gostoso quando ela vem. A gente fica mais agitada e elas inventam de mexer no jardim e de parar em todas as lojinhas e também dá vontade de ir à todos os lugares e mostrar "as sete maravilhas" das cidades e por aí vai. Fora a cozinha: comida de mãe é inexplicável! Tem gosto, cheiro, emoção e fortes lembranças!

E tem mãe de todo jeito: as pesadas que chegam e dominam o espaço, as quietas demais que estão aqui mas nem dá pra perceber, tem as agitadas que não conseguem parar um minuto, tem aquelas que dão um trabalhão, e outras que só reclamam do lugar e todos ou outros tipos possíveis - mãe também é gente! Mesmo aqueles que tem problema com suas mães tem saudade e elas sempre aparecem. Quando a gente mora perto parece que nem dá tanta vontade de vê-las do que quando estão longe.

Dizem por aí que o ideal é morar perto o suficiente para não chegar de chinelo e nem longe demais para vir de mala. No meu caso a mala é grande, a viagem é demorada e o tempo de permanência é longo! Não tem problema, o que me interessa é ter minha mãe por perto o máximo de tempo possível e curtir cada momento enquanto posso. Vou ver a minha em breve, mas vou até lá, ela já veio até aqui este ano - vamos dividir a quilometragem! Enquanto isso curto a mãe dos outros, suas histórias e suas receitas. Sinto falta sim e ponto final.

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